quinta-feira, 9 de agosto de 2012

da vida de escritor - 1

Não aguento mais.
Já é o segundo, terceiro filme que alugo para assistir que trata de personagens escritores.
É algum tipo de sinal, oh céus?
Sei que me angustia, me desanima, me utopia.
Então é preciso mesmo o isolamento - "solidão diferente de estar só", diz o mantra de 2012 - uma casa no campo, ou na praia, ou uma viagem para um país exótico, ou de carro com amigos, ambos sem freio?
Só assim se é escritor?
Sei que só consigo escrever no silêncio. E o problema de não morar só é mesmo a falta de solidão.
Transformo-me na menina-morcego, quisera ser a mulher-gato, sobra-me quadril, falta-me coragem.
Quedada ao fracasso. Regada a vinho e miojo em noites frias descobertas.
A noite como uma amante. Sinto-me adúltera, escrever é minha traição.

2 comentários:

  1. "escrever é minha traição"... Escrever é a minha salvação! nossa quantos blogs? acho que entendo essa sua fome...

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  2. Nossa, não havia visto teu recado..
    Sim, es verdad.. salvação!!

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