terça-feira, 10 de junho de 2014

diário do meu pequeno jardim

5 de janeiro de 2014
cheguei dos três meses na argentina de madrugada, cansada, dormi.

amanheço e encho o peito para abrir a porta da varanda e rever minhas meninas. mas tudo é seca. úmidos e mudos meus olhos, choro. no facebook minha mãe, sabendo que estou mal ainda do estômago possivelmente pelas águas estrangeiras ingeridas me diz : "vamos cuidar a partir de agora. molhe-as duas vezes por dia. e você, beba muita água!". É tempo de rega. (as cores atrás de mim são flores artificiais trazidas por mamãe, vamos ver se atraem a cor logo. e a linda novidade é que temos essa pequena árvore que foi da vizinha que se mudou.) brotar, curar, florescer. 


{hoje, o jardim, modesto, mas há flor, então chamo de jardim, está bonito, apesar da praga que sempre dá em algumas plantas (é um bichinho branco feito piolho mínimo, vai pela raiz, só percebo quando no alto já tá murchando e perdendo folhas), e tiro, e dá, e tiro... um ciclo. ridículo. não entendo de plantas. só sei molhar, elogiar, aparar, cuidar. mas de praga não entendo. nem de praga de planta nem de praga de gente. nem nunca entendi.

outono e as amarelas me saltando aos olhos
ao acordar, amarelas como minha saia de
papel crepom quando fui essa cor no arco-íris
da xuxa, na festa da escola, cinco anos, em
brasília
(o que uma flor pode trazer de lembrança!)
meu xodó, minha menina dos olhos

 
numa manhã de abril pós chuva


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